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Diferença entre rádio AM e FM: conheça os impactos da migração de frequências

Já faz alguns anos que as diferenças entre rádio AM e FM tem impactado as emissoras. Com a evolução do rádio, a chegada do som digital e a popularização de recursos tecnológicos, o rádio AM tem perdido audiência. Além disso, essa frequência é a que mais sofre com interferências, manutenção e custos altos com instalações e consumo de energia.

Pensando nesses desafios, em fevereiro de 2021, o Ministério da Comunicação publicou um uma portaria que estabelece critérios para que as emissoras de rádio AM façam a migração para o sistema FM. Neste artigo, você vai entender melhor sobre essa portaria, e também sobre as diferenças entre rádio AM e FM. Continue a leitura!

 

Quais são as diferenças entre rádio AM e FM?

 

Para entender melhor as diferenças entre rádio AM e FM, é preciso saber como a transmissão de frequências funciona. A transmissão de rádio acontece quando um sinal sonoro é enviado em forma de ondas eletromagnéticas, também chamadas de ondas de rádio, por meio de uma torre. 

Assim, os aparelhos que estão sintonizados na mesma frequência que aquelas determinadas ondas vão captar a mensagem. A amplitude e a frequência das ondas vão definir a clareza e o alcance do sinal. Ou seja, a força com que elas serão emitidas pelo ar e a regularidade dos pulsos.

 

Rádio AM

No caso da rádio AM, trabalha-se com a Amplitude Modulada (AM), que é uma das formas mais econômicas de fazer a transmissão de um som de rádio. A modulação é a variação de um parâmetro de uma onda portadora senoidal, de forma proporcionalmente linear ao valor instantâneo do sinal modulante ou da informação.

Por meio de um transmissor AM, o microfone consegue converter a voz do locutor em voltagem variada (tensão). A Amplitude Modulada foi o meio de transmissão de rádio que se tornou popular mais rápido, pois chegava a mais equipamentos – logo, mais ouvintes. 

No entanto, esse tipo de frequência também sofre mais com as interferências de outras ondas, por isso começou a perder força e preferência do público. A vantagem é que a AM é uma das formas de transmissão mais baratas e simples, por isso costuma ser a primeira opção para muitas pessoas que estão montando uma rádio.

 

Rádio FM

A Frequência Modulada (FM) surgiu como uma alternativa à AM, que apresentava muitos problemas. A frequência foi desenvolvida para ser uma solução para a ineficiência, alcance curto, interferências que a AM apresentava frequentemente.  Por isso, é um modelo mais complexo e que gera mais custos de manutenção.

A principal vantagem é a qualidade que proporciona, sem ruídos, sem interferências e, em consequência disso, com um alcance muito maior. Além disso, mesmo que dois sinais estejam sintonizados na mesma frequência, apenas o sinal mais forte será reconhecido pelo receptor.

Com tantas diferenças entre rádio AM e FM, naturalmente uma das duas seria mais utilizada. Isso gerou uma necessidade muito forte de migração das emissoras que ainda utilizavam a frequência AM. Por isso, a expectativa é que em 2021, as rádios que ainda estão na frequência AM consigam mudar para a FM.

 

Por que a migração de rádio AM para FM é necessária?

 

O pedido de migração de AM para FM é das próprias emissoras. Há anos essas empresas de comunicação vêm sofrendo com a perda de audiência, em decorrência da má qualidade dos sinal, interferências e altos custos de instalação e manutenção das estações.

O Ministério da Comunicação já recebeu mais de 1600 pedidos de migração de AM para FM, sendo que 850 foram concluídos. Como o volume de solicitações é grande e o espaço do espectro de radiofrequência em FM é baixo, o Ministério das Comunicações autorizou a utilização de uma faixa de frequência adicional, que vai de 76 e 88 MHz e é chamada de “faixa estendida”.

 

Quais são os critérios para migração?

 

As emissoras que estão aguardando a regularização podem requerer a nova instrução do processo de adaptação de outorga para o processo de migração. Isso deve ser feito no prazo de 60 dias, a contar a partir da data de publicação da norma (26 de janeiro de 2021).

Para fazer a mudança, as emissoras devem acessar o site do Ministério das Comunicações, enviar a documentação solicitada, como a comprovação de regularidade fiscal com o Poder Público e de inexistência de débitos trabalhistas. 

Depois de concluir essas etapas, as emissoras vão receber a notificação para o pagamento da adaptação da outorga e o canal AM que utilizavam é devolvido para a União.

 

Vantagens da migração de AM para FM

Melhora a qualidade do áudio

A faixa AM sofre mais interferências das ondas eletromagnéticas, por isso essa frequência apresenta mais ruídos durante a transmissão. Com a migração, as emissoras passam a ter melhor qualidade com um som mais estável e limpo.

 

Aumenta a audiência

A AM tem uma amplitude maior, pois alcança mais ouvintes em um número maior de cidades. No entanto, a qualidade da FM faz com que a audiência aumente, além da possibilidade de transmitir o som via web.

 

Estimula o aumento nas contratações

A expectativa do governo é que a migração estimule as contratações de novos profissionais para o setor. As rádios AM, que tinham uma limitação e operam em horário reduzido, poderão estender sua programação por 24 horas, e isso vai exigir um efetivo maior.

Outros benefícios como um número maior de canais de rádio e a convergência digital também vão ajudar as emissoras e o mercado de telecomunicações. 

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